terça-feira, 5 de julho de 2011

Capítulo Seis, A Batalha Contra o Dragão

           Mithiraldir reúne com todos e começa a planejar: Olhem bem, isso aqui não é nenhum cão Yeth, ou goblin fujão, é um Dragão! Devemos ser cautelosos e astutos, portanto, a primeira coisa a fazer é não ficarmos juntos, vamos nos separar em dois grupos de dois e Juca, você vai sozinho. Os dois arqueiros juntos, e deixem qualquer coisa que não forem usar aqui, pois o sopro desse dragão pode corroer vários materiais. Preparados? Juca vá pelo meio, Balin comigo pela direita e vocês dois vão pela esquerda.

            O grupo começa a se mover lentamente rumo à entrada da caverna que é bem larga, são três horas da tarde, e apenas os sons das folhas ao vento é que quebra o silêncio. Eles chegam até a entrada da caverna e vêem que ela se estende para dentro da montanha pelo menos uns duzentos metros, a escuridão do fundo não os deixa ver se há algo lá, e nenhum som vem de dentro do lugar.

Baruliro cochicha para o druida: Ô velho... manda seu tigre ir entrando ai um pouquinho e farejar se tem alguma coisa...

        Mithiraldir, O protetor, retruca: Eu não vou deixar ele ir sozinho não, vamos todos entrando... vocês não esperavam lutar contra um dragão aqui fora né ?

            Juca vai mais à frente avançando, o grupo segue em seus respectivos lados alguns metros atrás do meio-ogro, eles entram até a metade da caverna, quando avistam uma luz bem lá no fundo; uma grande fogueira ilumina uma grande pilha de ouro e um ovo em um ninho muito bem cuidado. Todos arregalam os olhos, o druida para o ovo (¬¬), e o resto do grupo para o ouro. Eles começam a avançar mais rapidamente em direção à fogueira quando... BUMMM!!! Um enorme estrondo ecoa por toda a caverna vindo da direção da entrada.

            Lá, acabando de pousar, um Dragão Verde Adulto lhes fala com altivez: Ei, seus vermezinhos mortais, estão achando que é só chegar e ir pegando o ouro? Vocês e seus itens irão fazer parte da minha coleção, por terem entrado na minha caverna sem autorização.
         
                  Todos se entreolham sem saber o que fazer.

            Balin, o valente: Vamos voltar lá fora e dar um pau nesse bicho!
            
              Sem nem ao menos responder o grupo vai voltando mais lentamente do que quando entraram, e ao estarem bem perto da saída, eles avistam aquela figura monstruosa, com as asas abertas, porém com as patas no chão, sete metros de altura, e quatorze de envergadura.

            Mithiraldir, pagando de Juca: MONSTRO! Sua hora chegou, iremos te mandar para as profundezas do mundo de Nerull! Teu lugar não é aqui entre os humanóides!

            O Dragão rindo sarcasticamente diz: Então venham! Há há há há há há há !!!

            Juca sai correndo em disparada na direção do bicho, usando suas conhecidas habilidades de fúria bárbara e de sua espada. Balin parte pelo lado em que se encontrava correndo também na direção do monstro. Mithiraldir conjura “Obad-hai, conceda a meus aliados e a mim O Coração de Urso”. Baruliro se esconde atrás de uma pedra e aponta seu arco, enquanto Shion faz dois disparos contra a besta, acertando uma em seu peito e mandando outra vários metros montanha abaixo.

            O dragão então começa a tentar voar e a uns três metros de altura ele solta seu poderoso sopro em um cone de ácido verde, que atinge Balin, Juca e Mithiraldir bem atrás, os três quase não sofrem com o dano graças às poções do velho; então Juca pula com sua estrondosa força, e consegue alcançar a junta da asa com o corpo do dragão e encrava sua espada nas escamas da besta perfurando do começo até o fim da lâmina de sua espada.

            Balin muito baixo e com poucas habilidades no salto taca seu machado quando consegue chegar em baixo da criatura, o golpe machuca o inimigo, mas é um ferimento muito pequeno para um dragão. Mithiraldir então grita: Benn! Pegue o anão e pule com ele nas costas do dragão e logo em seguida conjura “Obad-hai, traga as chamas da Coluna de Chamas!” e um grande cone de fogo surge do céu, acertando bem a cara do bicho. Baruliro dispara com seu ataque furtivo, mas as escamas são muito fortes e o seu arco com suas flechas, muito pequenas não as perfuram.

            Shion dispara mais duas vezes, acertando as duas flechas, uma na asa, outra na canela. O Dragão então toma mais altura e dá uma rabada no anão logo abaixo, acertando-o firmemente e o jogando contra a parede da caverna uns oito metros atrás; ferido, mas ainda apto ao combate.

            Juca então impulsiona suas pernas segurando a sua espada, e arranca da asa do dragão pulando mais uma vez e no ar ele grita “POR JOÃÃÃOOO!!!” novamente e a espada é envolta por raios e ele acerta bem no meio do pescoço do monstro pelo lado direito da criatura fazendo sangue verde jorrar aos montes. O dragão urra de dor enfurecido. Um urro que chega a arrepiar a alma de villagers distantes e faz levantar uma revoada de pássaros e toda a floresta fica em silêncio.

            Benn sai correndo de perto do druida, morde a perna do anão e sai em disparada rumo ao dragão, na corrida com um impulso alavancado joga o anão de sua boca para as suas costas, pula sobre uma pedra para ganhar altura e pula na direção do dragão, que está agora a uns dez metros de altura. O anão ainda meio atordoado salta das costas do tigre e consegue cravar seu machado em uma das patas dele.

            Mithiraldir conjura “Obad-hai, abençoe meu tigre com a Benção da Natureza”; Benn então cresce mais ainda, ficando com uns seis metros de comprimento e bem mais forte, Baruliro dispara novamente, mas de novo as escamas não são perfuradas pelos seus projéteis. Shion dá seus dois disparos de costume e acerta mais um perto do nariz da fera, o dragão já bem enfurecido, dá um rasante em shion, mas sua asa acerta o druida, e ao botar os pés no chão ele arrasta Balin por vários metros. Shion recebe um golpe muito violento da cabeça do bicho e é jogado contra a parede, abrindo um grande corte na cabeça e quebrando o braço direito. Mithiraldir é jogado dentro da caverna com várias costelas quebradas, local onde a asa do monstro acertou. Balin se solta de seu machado e fica bem esfolado atrás do dragão. Juca então faz a mesma coisa do ataque anterior, e consegue chegar ao topo da cabeça da coisa. Lá ele se equilibra, segurando a espada na mão; agora não mais cravada e lhe dando apoio, e pula da cabeça mirando no olho dele, desferindo um golpe preciso rasgando inteiro o olho esquerdo, cegando a visão deste lado. Quando cai no chão, Juca se machuca um pouco, mas ainda consegue combater por muito tempo.

            Balin corre até seu machado preso no pé do inimigo e o puxa, mas ao fazer isso ele leva um coice, e é jogado em direção ao despenhadeiro logo atrás, por sorte consegue se segurar com uma mão na borda da montanha e o seu machado que caía com a outra.

            Mithiraldir se levanta, mas mesmo com muita dor, ele corre dando a volta no dragão até o anão e começa a puxá-lo de volta.

            Baruliro se estressa, levanta e grita: “Ô BIXO BURRO, ESSA AQUI EU NÃO VOU ERRÁ NÃO!”.

O dragão olha pra trás quando ele faz seu disparo, que acerta bem em sua garganta.
           
            “Shion reclama: Não consigo usar meu arco com o braço assim, dói muito, vou para a caverna.” E corre para dentro da caverna, mas o dragão age mais rápido, o morde pelas pernas e o joga para cima uns 40 metros de altura. Enquanto o coitado cai o dragão se pronuncia: “Estão achando que vão sair daqui vivos depois de terem me ferido?!”.
           
            Quando o arqueiro está a 10 metros do chão, Benn sai correndo, pula contra o paredão da montanha, toma um impulso e pega Shion no ar, caindo suavemente com ele.

Juca se levanta do chão, vai até o pé da fera e berrando junta toda sua força e atravessa o membro do ser, fazendo mais sangue verde jorrar por todos os lados.

            Balin consegue subir novamente para o platô onde combatiam, e sai correndo em direção à cauda do bicho, ele desfere um golpe com tanto ódio acumulado por ter ficado fora do combate que arranca um terço da cauda do bicho fora, fazendo-o gemer de dor e raiva.

            Mithiraldir então encosta no anão e conjura “dai A Cura ó Deus da Natureza” e o anão se recupera quase por inteiro, só lhe restam alguns cortes e arranhões.

            Baruliro empolgado com o último disparo atira novamente, mas erra novamente e as flechas se perdem no ar.

            Shion desce de Benn e corre para perto do druida e diz: “Carvalho, arrume meu braço, assim eu não posso combater, mi cure!”.

            Benn parte em investida e salta agarrando o pescoço do dragão com as patas e mordendo seu nariz, ficando dependurado lá. O Dragão faz um movimento com seu longo pescoço, jogando Benn contra as pedras do paredão, fazendo o tigre cair no chão. Então a fera se vira para Shion, Balin e Mithiraldir que se encontravam em suas costas e dá seu segundo “Sopro”, o jato de ácido atinge Mithiraldir e Balin em cheio, Shion consegue saltar para o lado sendo pego de raspão. As armaduras mágicas dos três não sofrem dano, mas o dano que eles receberam foi muito grande. Balin mal se agüenta em pé. O druida cai inconsciente para trás, Shion já estava com problemas e agora está completamente sem meios de lutar.

            Juca então invoca seu último “POR JOÃO!” do dia, pula na direção da barriga do bicho e acerta, abrindo um buraco no local do golpe. O Dragão estremece, mas ainda tem forças para lutar, Balin então vai em direção à pata do bicho e desfere seu golpe bem no tendão do pé dele, o Dragão sente a falta de força daquela perna e desaba para frente, mas ainda vivo e se levantando.

Baruliro corre pra bem próximo à cauda da fera, quase encosta o arco em suas escamas e dispara; conseguindo perfurá-las.

            Shion agarra nas vestes do druida e corre na direção oposta ao inimigo, arrastando seu amigo com o único braço que lhe resta.

            Benn agora pelas costas do monstro, pula em seu pescoço novamente, agarrando-o com suas patas e mordendo o topo de sua cabeça por trás. O Dragão se debate tentando tirar o tigre de cima de si, mas não tem mais forças, então ele lança sua calda contra baruliro, que é jogado uns 5 metros para trás até o desfiladeiro da esquerda, e cai mais 15 metros até uma rocha mais abaixo, inconsciente, sangrando muito e perto da morte.

            Juca corre para o local onde o anão estava e desfere seu golpe sobre o ferimento que seu amigo causou na besta, e como por benção dos deuses, Juca consegue um excelente golpe, arrancando a pata do bicho fora. O Dragão então perde suas últimas forças e cai, e ao desabar o Dragão cai sobre Juca e Balin, deixando o Anão desmaiado e Juca ferido e sem ar.

            Shion deixa o druida em um arbusto e volta correndo ao ouvir o estrondo da queda do dragão, o arqueiro que também sabe falar o idioma silvestre pede ao tigre para que lhe ajude a tentar mover o Dragão de cima dos amigos caídos. O tigre começa a empurrar a besta caída com os ombros, enquanto o elfo puxa o braço do anão e do (meio) orc.

            Juca bem casado agradece: Valeu ae elfo, eu não sabia que esse puto ia dar tanto trabalho, eu to com fome e cansado depois disso tudo.

            Shion rindo pra não chorar: É...mas vencemos. Mas o druida e o anão não estão bem. E aquele ladino safado sumiu...deve estar lá dentro olhando o ouro...eu espero.

Benn fala com o elfo em silvestre: ele caiu ali ...

Juca e Shion conseguem buscar Baruliro bem abaixo, juntam seus amigos moribundos e os levam para dentro da caverna, onde com o básico que sabem tratam os ferimentos deles, montam um acampamento perto da fogueira e esperam até o druida conseguir acordar e curar a todos.

Um dia inteiro se passa e o druida e o anão acordam. O druida usa suas magias de cura sobre o laduino que também se levanta, os 5 se olham e começam a gritar e comemorar e correr em volta da fogueira  do ex-dono da caverna, eles preparam um desjejum com o que tem em suas mochilas e passam a noite toda apenas conversando sobre a batalha, se vangloriando e comemorando a vitória, sem nem ao menos olharem o ouro. Pela manhã todos são acordados pela barulheira que Baruliro faz guardando o ouro em sua mochila e em várias outras sacas que ele trouxe consigo.

O anão comenta impressionado: Que grande idéia a sua ladino, ter trago esses sacos, não teríamos como levar o ouro embora.

            Baruliro: Ah meu amigo pequenino, eu sempre estou preparado quando se trata de ouro e poder.

            Nisso Mithiraldir se lembra: Vou enviar a mensagem para o velho Magugol.

            Juca rindo: HÁ HÁ HÁ !!! O veio vai fica com aquela carcaça de lixo que sobrô? Ele vai matá nois se ele achá a gente um dia ...

            Shion: nós ainda temos que pegar três escamas boas dele.

            Balin: Mas, e daqui, pra onde vamos? Voltaremos para o reino central?

            Todos se entreolham em dúvidas.

            Mithiraldir, o sábio diz: Mas nós temos em torno de 70 mil peras de ouro conosco, e três escamas grandes de dragão, temos que ir para a cidade mais próxima para vender e comprar itens e nos livrar da carga...e do perigo de andar com isso por aí.

            Shion comenta: Mas a cidade mais próxima do reino central, onde nós conseguiremos vender essas escamas ou fazer outra coisa com elas como uma armadura, e comprar itens com o ouro que ganhamos, creio que seja Obum. A mais de 12 dias de viajem daqui.

            Juca, o guia: Eu sei duma mais perto...

            Todos olham para Juca esperando...
            
            Juca não entendendo os olhares :O QUÊ ?!

            Todos: A CIDADE PÔ !!!

            Juca esclarecido: AAAHHHH ta... É só a gente terminar de passar as montanhas, do outro lado dessa cordilheira, a uns 6 dias daqui, fica Palindor, só que eu só conheço a montanha do lado do reino central aqui, pra lá eu não conheço, só sei que a cidade ta aqui do outro lado.

            Mithiraldir, o cauteloso: Muito arriscado, montanhas são o lar das mais diversas e poderosas bestas, isso sem contar que não sabemos quais são as dificuldades do relevo, o que pode nos atrasar tanto que daria tempo de ter chegado à Obum.

            Balin, o forte: Não seja fraco druida, nós podemos com essa montanha, além de conhecermos o lugar, podemos levar uma ou duas bestas de brinde para o inferno, economizar tempo de viajem e chegar a Palindor, onde de acordo com aquele sujeito estranho da taverna em Obum, temos algo para fazer.

            Shion: Eu concordo, vamos para Palindor.

            Baruliro: Eu também acho uma boa idéia. Bom é que assim a gente também anda com esse ouro onde não tem ninguém querendo nos roubar, ou fazer muitas perguntas.

            Mithiraldir: Que seja então, iremos pela montanha. Eu vou adorar o percurso, vocês é com quem eu me preocupava. E se não estou enganado, temos 10 dias para completar o prazo que o senhor estranho da taverna em Obum nos deu.

            Os 5, cada um carregando algumas sacas de ouro e Benn carregando as 3 escamas empilhadas e amarradas em suas costas partem cordilheira adentro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário